sexta-feira, 6 de março de 2009

Stanley Kubrick's Dr. Strangelove or: How I learned stop worrying and love the bomb.

O nome é grande, a projeção de média duração para um longa metragem (Aproximadamente 94 minutos), e o resultado, um dos filmes que mais se destacam quando o assunto é Guerra Fria: Dr. Strangelove or: How I learned stop worrying and love the bomb (Dr. Fantástico, 1964). O filme mostra uma divertida e inusitada sátira sobre a guerra fria, e o impacto que uma possível guerra nuclear poderia começar a qualquer momento. O filme começa com o general Jack D. Ripper (Sterling Hayden), um super paranóico e ufanista que ordena um maciço ataque a diversas bases da antiga União Soviética. Entretanto, o ataque é totalmente repudiado pelo capitão Lionel Mandrake (Peter Sellers), que tentar dessuadir o general do ataque. Não conseguindo, informa o também general Buck Turgidson (George C. Scott) sobre o ocorrido e lhe pede para que tome providências para impedir um início de uma guerra nuclear. Buck então reúne-se com o presidente Merkinn Muffley (Peter Sellers), no salão de guerra do Pentágono com outros militares e políticos afim de conseguirem evitarem um desastre maior. Para tanto, também convocam o embaixador soviético nos Estados Unidos, Alexei de Sadesky (Peter Bull), para entrar em contato com o premier soviético e tentarem resolver a situação. Durante a entrevista, o premier soviético anuncia que caso houver um ataque à União Soviética, o exército russo lançaria a Doomsday, uma bomba amplamente formada por cobalt-thorium-G, um raro componente, que promoverá a extinção da vida humana na terra em dez meses. Os russos, de acordo com o embaixador soviético, prefeririam lançar a bomba e exterminar a sua população, ao invés de verem os americanos dominando o mundo. Assustado com essa declaração, o presidente chama o seu conselheiro e principal cientista, o dr. Fantástico (Peter Sellers), que confirma a possibilidade de éxistência de tal arma, e que a mesma poderá, sem dúvida, destruir toda e qualquer forma de vida na terra. Assim, o presidente ordena que se invada a base em que o general Jack se fechou e consiga extrair o código que poderá impedir o tal ataque. O filme, lançado no auge da Guerra Fria, e logo após o impasse da Crise dos Mísseis (1962), que por pouco não gerou um conflito entre as duas superpotências por causa de uma base aérea que iria ser montada na Baía dos Porcos, em Cuba, causou um impacto muito grande, por sugerir que haveria mesmo um ataque a União Soviética (salvo todas as insinuações cômicas), coisa que Kubrick tenta dissuadir logo no começo do filme. A atuação de Peter Sellers, na verdade uma tripla atuação, foi muito aplaudida na época, embora a idéia original era que ele deveria fazer mais um papel: a do Major T. J. "King" Kong, que no final fora interpretado pelo ator Slim Pickens, devido a grande dificuldade que Peter Sellers alegou que teria ao interpretar quatro personagens de grande relevância para o filme. O humor do filme satiriza desde a preocupação de todos frente a uma guerra de grandes proporções, as ideologias, por vezes hipócritas, do capitalismo e do socialismo, obviamente antagônicos, dentre outras coisas. Uma curiosidade é que o filme fora inicialmente escalado para estrear no dia 22 de novembro de 1963, o dia do assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy. Com a sorte de não estrear neste dia, e evitar um boicote em massa, o filme só foi lançado em janeiro de 1964. Escolho apenas uma cena deste filme, devido a dificuldade de organizar outras mais. A cena escolhida é a que o capitão Lionel Mandrake é feito refem por um coronel que invade a base do general Jack, e o permite fazer uma ligação para o presidente dos Estados Unidos. Porém o capitão está sem dinheiro para toda a ligação, e pede para que o coronel atira em uma máquina de Coca Cola para retirar o dinheiro necessário. O coronel o atende, porém avisa que se não conseguir falar com o presidente, irá responder um processo contra a Coca Cola. Cena divertida, cuja crítica não é menos importante. Muito obrigado a todos que aqui vieram e não deixem de vir aqui amanha, quando se fará dez anos da morte de Stanley Kubrick, diretor homenageado nesses 5 ultimos posts.


Cena 1: Calling mr. president


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