sábado, 28 de março de 2009

Pink Floyd - The Wall

E a série de homenagem a bandas continua. É inegável a importância do Pink Floyd não só para a história do Rock, mas também para toda a história da música comtemporânea. Embora sua obra mais importante e cultuada seja The Dark Side of the Moon (Sobre a qual falaremos em outro momento, em uma outra outra postagem), homenageio hoje o albúm conceitual The Wall, lançado em 1979. Após sucessos estrondosos como Wish You Were Here (1975) e Animals (1977), The Wall consolida de vez o sucesso e a qualidade dos trabalhos do Pink Floyd. O conceito do albúm, criado pelo principal letrista da banda, Roger Waters, remete a um conjunto aparentemente desconexo de ações pessoais e crítica a grandes acontecimentos históricos do autor, que cria a história de um famoso músico de rock que, por ser totalmente introspectivo, não consegue lidar com as diversas dificuldades que lhe aparece ao longo da vida, como a morte de seu pai na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), a extrema proteção por parte de sua mãe, a traição de sua esposa, e o peso do sucesso, que lhe faz optar por se isolar completamente (embora ao menos em pensamento, como é sugerido no filme e no albúm) da sociedade. Como dito anteriormente, a obra é profundamente inspirada na vida de Roger Waters e seu olhar sobre a mesma, o que pode fazer se confundir, ao menos a primeiro instane, se a história contada não é mesmo a do músico. Ele realmente perdera seu pai na guerra e, de acordo com entrevistas, estava se sentido totalmente sufocado pelo esmagador sucesso que obtivera após a grande repercussão de The Dark Side of the Moon, que promovera a imagem e a música do Pink Floyd a patamares jamais pensados até mesmo pelos próprios membros da banda. Esses fatos estão presentes mesmo em músicas até de albúns anteriores a The Wall, em particular na canção Wish you were here, do albúm homônimo de 1975, em que Roger afirma que o sucesso é como um papel principal em uma gaiola (“…for a lead role in a cage?”). A idéia de se isolar a partir de um muro começou a tomar forma após o incidente do show de Montreal, em maio de 1977, quando Roger Waters cuspiu em um fã que estava fazendo bagunça e queria subir no palco da banda. O descontentamento de Waters com esse episódio fora tão grande que, a partir daí, começara a desenvolver um conceito que posteriomente viria se tornar o albúm de 1979. O sucesso do albúm não se deve, obviamente, apenas ao conceito do mesmo, mas também pelas contribuições de outros membros da banda nos aspectos musicais, em especial David Gilmour, guitarra, e Richard Wright, teclados. A atuação de Gilmour nesse albúm fora tão importante, desde a execução de solos memoráveis até as linhas vocais marcantes, que em alguns momentos chega a ofuscar as contribuições de Waters nas composições. Wright, que fora despedido da banda durante as gravações, com alegações de que não estava se dedicando a banda e também por abuso de drogas, contribui com linhas de teclado as vezes poderosas e sublimes, marcando de vez a sonoridade característica da banda. Sua ausência seria sentida em The Final Cut (1983), e seu retorno a banda, em 1987, comemorado. Após The Wall, as relações entre os integrantes, em especial David Gilmour e Roger Waters tornou-se muito explosiva, o que fez com que Waters se desligasse da banda em 1985. Uma reunião entre os quatro integrantes foi realizada em 2005, no festival Live 8, em Londres, e outra não foi possível, pois Richard Wright morrera em 15 de setembro do ano passado. No entanto, The Wall é um dos grandes marcos da música, e ingnorá-lo é impossível. Seleciono um vídeo dumas das apresentações que se tornaram o albúm ao vivo Is There Anybody Out There? The Wall Live: 1980-1981, lancado em 2000. A música, In The Flesh?, tema de abertura do show e do albúm. Note que não é a banda Pink Floyd, e sim a banda de apoio do show, com máscaras dos músicos da “banda principal”. Obrigado a todos e comentem!!

In The Flesh? Londres, 9 de agosto de 1980.

5 comentários:

  1. banda com uma historia mto importante apesar de todos os acontecimentos tragicos rsrs uma das melhores bandas no cenario progressivo na minha opiniao... podia ter um reunion no brasil huasuhasuhsa

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  2. Há! Adorei ver a janelinha no msn subindo e falando "este é pra você". Hehe. E concordo totalmente com você, a importância deles é inegável. Quem nunca escutou a Another brick in the wall? Quem nunca escutou o "we don't need education". E sem contar no solo da Mother, que é o meu favorito.
    Gosto muito do Dark Side Of the Moon, a primeira música deles que escutei foi desse album, a Money. Minha mãe tinha muitos cds antigos, entre eles do Pink Floyd. Aí sabe, né, com os meus 13/14 anos (que não faz muito tempo haha) eu comecei a pegar os cds da mamae e escuta-los. Entre Dire Straits e Emerson, Lake & Palmer, estava lá, o Pink Floyd - Dike Side Of The Moon. Logo quando escutei a Breathe in the air, senti uma paz com a voz do Roger Waters. Daí então, até hoje. Até hoje escuto eles com a mesma sensação de 2/3 anos atrás XDDD.
    O filme. Ah, o filme. E que filme! Antes de assisti-lo eu nao tinha tanta empolgação assim, mas logo depois, depois de ver aquela história toda contada com as músicas, o cd inteiro baseado naquilo, naquelas partes, ai foi paixão a primeira vista XD. Mesmo o Dark Side Of the Moon sendo um cd tão bom, eu ainda fico com o The Wall.

    Parabéns por mais um ótimo post. Beijos!!

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  3. Cara! Você falou tudo. Também acho que o Pink Floyd é uma das bandas mais importantes e influentes, não só para o rock progressivo, mas para todas as vertentes do rock. E isso é indiscutível.

    Belo trabalho.

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  4. Pois é, cara. Como disse no messenger gosto tanto do The Wall como do Dark Side. Enfim, PF é uma banda que curto bastante, tanto a fase mais voltada para o progressivo, quanto a fase inicial mais psicodélica.

    Quanto as divergências que resultaram na exclusão do Watters lembrei de uma coisa engraçada que li. Após as brigas judiciais devido ao fato de que os outros membros da banda estavam usando o nome da banda, estes acabaram ganhando, como é bem sabido. No entanto eles fizeram uma concessão ao Waters...

    No porco gigante que tem nos shows foram colocados os seguintes créditos: "Conceito original do porco Roger Waters".

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